o meu caminho

Como é possivel?
Depois de tanto tempo decorrido, chegar a uma encruzilhada de caminhos e opções sobre a preparação de um conhecimento. Logo um conhecimento que deveria já estar presente e talvez sedimentado.
Procuro agora a forma célere, e quem sabe indolor, de conseguir o desperdicio de um passado. Para onde foram as horas e os momentos que deveriam ter servido a causa agora questionada?
Sinceramente não sei! Foi muita entrega ao saber prático, ao resolver no momento sem acautelar um futuro próximo e desde logo previsto?

Agora o importante é arrepiar caminho - Get your act together!

"Não resta dúvida de que todo o nosso conhecimento começa pela experiência"
Immanuel Kant, Crítica da Razão Pura

Haverá então ainda algum lugar à prática / experiência de uma existência? O "saber de experiência é feito" - esta não foi de Kant mas é a mesma coisa!

Vive-se a necessidade de confirmação / afirmação cientifica em tudo o que se faz e se deseja reconhecido por uma comunidade. Ou a experiência, de que determinada coisa funciona assim, é partilhada por uns milhares largos de mentes ou, então, não pode sequer ter direito a existência concreta.

É nesta profissão, dos curandeiros/feiticeiros do bem, que se manifesta melhor esta aparente conflituosidade. A experiência adquirida de muitas curas e paliações faz descurar a desejavel procura da ciência baseada na evidência. Se um curandeiro mais antigo afirma que a expressão de uma dada maleita se afigura familiar e logo sugere o tratamento que então resultou, por ter visto algo semelhante no seu passado, logo se levanta um curandeiro mais novo que afirma a discordância pois não existe ainda um n estatisticamente significativo que o confirme. Chega-se então a defender que nada se faça até que surja nova evidência proveniente do oráculo da ciência!
O que fazer se por vezes, e de facto, é o curandeiro de mais parca experiência o detentor da verdade real, da resposta salvadora de vida (apenas porque é conhecedor da evidência provada na véspera). É um conflito sem solução? Não me parece. A procura do saber, de experiência feito, leva tempo, porque não aproveitá-lo para se abastecer em simultaneo de ciência provada.

Profundo, não é?

Mais valia estar quieto!

Será que blogue em não se escreve é blogue abandonado?
Não pode ser. Mas por vezes é a inspiração por outras é a não disponibilidade de tempo. E cá estamos. Recomeçemos!