o meu caminho

Hoje fui turista! Não porque tenha ido a algum país estrangeiro, ou ao Algarve, que nesta altura do ano é como se fosse...Também não me atirei para a Cidade de máquina fotográfica (não de telemóvel) em riste à procura dos "bonecos da família em férias". Nem tão pouco fui turista por estar de férias. Não! Hoje foi dia de regresso à ciência e trabalho.

Mas Ó desconcertante surpresa, ningúem me aguardava, ou desejava para o efeito. Todos espantados, Mas tu por aqui?, Sim! Hoje acabam as férias!, Ah! Pensamos que não vinhas!. Mas por algum acaso terá a minha morte sido noticiada e só eu é que não tomei conhecimento? Sinto-me já a desfalecer...MAs esperem, vivo afinal! Ainda respiro pelo que devo estar vivo!

Sobranceiro e com cinismo mentecapto à mistura aproxima-se o sub-chefe dos sábios com interposições inquiridoras. O que andas a fazer?, Estás numa de turista (outra vez a palavra! Estranho! Mesmo grotesco!...). Perplexo e intrigado falha-me a fala. Quase disártrico sem saber o que dizer. Ah! Mas chega o chefe mais sabedor, a salvação incarnada em ser humano de níveas intenções.
Oh Chefe! Parece que já não serei bem vindo! Mas é claro que és. Ainda vais a tempo de reconsiderar. Pelo menos até para a semana.

Pois seja! Pensa bem, não é todos os dias que te dão a oportunidade para introspecção sábia e ponderada. Mas não restam dúvidas. Obrigado a todos! Tudo está agora muito mais claro! Oportuna e sábia decisão aquela que fez de mim hoje um turista.

Vou amanhã e já vou tarde! Com a experiência trazida pelo tempo, os sábios, porque estão especialmente dotados para tal, vão entender:
Os turistas não ficam para sempre. Quem fica é imigrante e nem sempre é o que interessa...

"Eis o que faz falta..." 

Que não seja por caridade mas se visitar, e ler alguma coisa, escreva o que lhe vai na alma.

Cento e sessenta e uma visitas e nada a comentar?

Sem comentários...

Insónia sonolenta esta vivida no momento.
Estado de quase ausência de vontade que invade um ser pleno de consciência...
A cama a escassos metros de distância e contudo aquele impulso animador e movedor prima pela não comparência. Que fazer? Arrasto-me para o leito? Permaneço imutável?
Anulo-me de vontades e quereres e deito-me na expectativa que a indução hipnótica seja breve e eficaz. Sim! Talvez seja esta última, de facto, a melhor atitude até porque outra não vislumbro.

Ah! Mas falta o lavar físico da alma. O enxaguar das impurezas diurnas e diárias da existência mundana. De novo o impulso necessário que teima em não surgir. É urgente despertar para logo a seguir sucumbir na rotina da acção. Oh! Encantado desespero este que se repete dia após dia, após dia, após dia,...

Parece doentio mas não, não pode ser. É a simples e concreta verdade desta existência!

Saturado! Saturado é o que estou! Saturado, ou saturação, como em: cheio, "pelos cabelos", impossivel de aturar seja o que for!

Como se chega ao estado de saturação? Simples: basta encontrar seres implicativos, eternamente descontentes, incapazes de encontrarem, ou sequer de procurar, a felicidade ou algo que com ela se assemelhe. Terão tais entidades razões para a sua insatisfação? Nenhuma. Pelo menos nehuma que realmente assim possa ou deva ser considerada. Procuram de forma quase doentia o desconforto e o confronto. Objectivo? Até hoje ainda não percebi mas...ainda sou novo, talvez um dia venha a descobrir!